Dor X Dor

abril 22, 2008
Existe uma grande diferença em provocar dor sem controle e provocar dor controlada. Como estamos falando de BDSM, é claro que devemos optar SEMPRE pela dor na qual o dom tem absoluto controle da intensidade, duração e quantidade.

Ainda não entendeu? Talvez alguns exemplos sirvam melhor ao propósito desse artigo.

Exemplos de dor sem control

Eu sou um amante confesso de bondage e costumo dizer que a imaginação é o limite na hora de escolher as posições para amarrar alguém. Entretanto tenho plena consciência que algumas posições são absolutamente dolorosas, e por mais que o parceiro seja uma masoquista e a curta dor, não há como ele resistir por muito tempo em uma posição incomoda. Logo, algumas posições só podem ser usadas por poucos minutos e para algumas poses de fotos. Nem pense em querer amarrar alguém em uma posição desconfortável e deixar assim por muito tempo, ou pior, ainda querer adicionar outros tipos de tortura. Muito provavelmente seu parceiro irá odiar a sessão contigo e nunca mais aparecerá.

Amarrar muito apertado (prender a circulação), mordaças muito grandes, vendas muito apertadas sobre os olhos, ambientes muito quentes ou frios demais também são outros fatores que acabam com o tesão de qualquer submisso.

Cuidado também para não se concentrar demais em uma única área. Existem dominadores por exemplo que adora um spanking na bunda e concentram toda sua atenção exclusivamente nessa área. Depois de um tempo, por mais que o submisso goste de dor, ele não aguentará apanhar na bunda e todo o tesão irá embora. O mesmo raciocínio vale para prendedores pelo corpo, chicoteamente, peso nas bolas, cera quente de vela, cócegas, enfim, qualquer tipo de tortura. Para mim um dom que foca sua atenção em uma única parte do corpo do sub, além de estragar o prazer do outro, perde as delícias de explorar todo o corpo do outro que está ali à sua frente completamente amarrado e amordaçado.

Mescle dor e prazer

Como eu disse, não é porque o seu parceiro é masoquista que você deve supor que qualquer dor é bem-vinda. Comece aplicando pequenas doses e vá aumentando o tempo e a intensidade, mas nunca exagere no tempo e varie as torturas e locais de aplicação. É importante também dar um tempo para o submisso se recuperar. Essa pausa também serve para aumentar a expectativa do que virá na seqüência e por tabela aumentar o tesão de quem está amarrado e amordaçado. Uma coisa muito importante negligenciada pela maioria dos dominadores: misture dor com prazer. Por exemplo, aplique cera quente pelo peito do submisso, faça uma pausa e durante esse intervalo aproveite para punhetá-lo (sem deixá-lo gozar). Quando ele estiver com o pênis bem duro, volte à cera quente novamente e assim sucessivamente. Outra sugestão: você pode pendurar pesos nos testículos do seu parceiro e num determinado momento você segura os pesos na mão enquanto chupa seus mamilos e acaricia seu corpo e depois solta os pesos novamente. Se um dominador souber treinar bem seu submisso, mesclando dor e estimulação sexual, ele conseguirá condicionar o parceiro a ficar excitado toda vez que receber uma tortura. Para saber que o que digo é verdade basta lembrar da experiência com os ratos que levavam um choque toda vez que tinham que pegar comida. Depois de um tempo eles mesmo procuravam o choque, pois sabiam que na seqüência ganhariam comida.

O mais importante é nunca esquecer: tenha sempre controle sobre a dor, saiba que ela deve ser intermitente (para e recomeça) e não contínua.

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